Transferência de Indaiatuba e nova unidade na planta paulista serão concluídas em meados de 2026
Com dois novos produtos e o aumento substancial da capacidade produtiva, a Toyota aposta em 2025 para colher em 2026. Isso porque o ano que vem promete ser de consolidação de lançamentos e da logística industrial da montadora japonesa no Brasil.
A fabricante acaba de lançar a linha de comerciais leves Hiace e prepara o aguardado Yaris Cross para o último bimestre do ano.
Para acomodar o novo SUV compacto em sua estratégia de dobrar a capacidade, a Toyota ergue uma segunda unidade produtiva em Sorocaba. Mesmo assim, a empresa não arrisca projeções e apostas para 2026.
“Nossa estimativa de vendas para este ano é de 203 mil e nossa participação deve ser de 7,7%”, afirmou Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil, durante o lançamento da van Hiace.
Indagado sobre as projeções para 2025 com a chegada do Yaris Cross, o executivo fugiu pela tangente.
“Aí eu vou deixar para falar em 2026”.
Como se dará o aumento da capacidade produtiva da Toyota
De qualquer forma, a fabricante notadamente se prepara para um incremento na oferta e na demanda.
Hoje, a Toyota tem capacidade instalada de 228 mil veículos/ano. São 158 mil em Sorocaba, onde são feitos as linhas Yaris e Corolla Cross, e outros 70 mil em Indaiatuba (SP), que produz o sedã médio Corolla.
A expectativa é que, em meados de 2026, a segunda unidade de Sorocaba já esteja pronta (hoje, mais de 70% das obras estão concluídas). Com isso, a fábrica de Indaiatuba será fechada e sua produção transferida para Sorocaba.
Nesta transferência, segundo Evandro Mário, a linha de montagem da Toyota original de Sorocaba vai aumentar em 10 mil unidades/ano (para 168 mil). Enquanto a nova unidade começará com 100 mil veículos/ano, podendo expandir para 200 mil anuais.
Exportações são estratégicas para a operação da Toyota
A capacidade da Toyota também visa o mercado externo. Em 2024, 35% das produção da montadora no Brasil foi destinada para exportações, enquanto esse ano os embarques representaram 40%.
“Quem está puxando mais esse ritmo é o mercado argentino, mas a gente percebe o aquecimento da demanda na América Latina inteira”, explica o presidente da Toyota.
Para a empresa, manter a participação das exportações em mais de ⅓ é fundamental para a operação brasileira.
“Em 2026 pretendemos manter exportação sempre em um nível alto, no mínimo de 35%. É um fator estratégico para nós” reforçou Evandro.