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Soluções para o financiamento da agricultura de baixo carbono reúne setor público e privado durante Summit Agenda SP+Verde

Painel foi moderado por Lia Palm, coordenadora de Agricultura do município de São Paulo, e permitiu que autoridades e produtores apresentassem modelos de suporte a produção sustentável

Conciliar a produtividade do setor agropecuário aos desafios adaptativos das mudanças climáticas por meio de sistemas alimentares de baixa emissão e financiamento da agricultura familiar foi o destaque nesta quarta-feira (5) no palco de Finanças Verdes do Summit Agenda SP+Verde, realizado no Parque Villa‑Lobos. O painel “Investimentos em Sistemas Alimentares de Baixo Carbono para um Futuro Regenerativo” integrou o Palco Temático de Finanças Verdes.

A moderadora Lia Palm apresentou o programa Sampa+Rural, iniciativa da Prefeitura de São Paulo que reúne produtores da agricultura urbana, periurbana e rural, turismo e alimentação saudável em uma única plataforma na cidade. Ela destacou como o programa apoia locais de agricultura, aceleração de hortas e práticas agroecológicas no município, reafirmando o compromisso da cidade com o desenvolvimento rural sustentável.

Pela Secretaria de Agricultura de SP, Alberto Amorim, secretário-executivo da Pasta, detalhou o pacote de ações da Secretaria para investimento em agricultura de baixo carbono. Entre os destaques, mencionou que o Estado de São Paulo se consolidou como referência nacional em agricultura regenerativa e suporte a pequenos produtores, com mais de R$ 800 milhões em crédito rural aplicados entre 2023 e 2025 por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP).

Além disso, ele destacou outras linhas de apoio a pequenos produtores por meio do FEAP Mulher e outras subvenções, com foco em bioinsumos, transição energética no campo (biodigestores, biogás, biometano) e incentivos à adoção de práticas de baixo carbono.

Do setor produtivo, esteve presente a Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa da Região Sul (Cooperapas), por meio de sua presidente Valéria Macoratti, que apresentou o trabalho da cooperativa, localizada no extremo sul de São Paulo, voltada à agricultura familiar agroecológica, à proteção de mananciais e ao fortalecimento de circuitos curtos de comercialização. Ela compartilhou desafios, conquistas e a importância da articulação entre produtores, comercialização coletiva e políticas de apoio para pequenas propriedades.

Representando o setor privado global, a Tetra Pak esteve com Eija Hietavuo, diretora de Assuntos Corporativos, Sustentabilidade e Transformação do Sistema Alimentar da empresa, e a MBRF com Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade e relações institucionais da companhia, que falaram sobre os potenciais das empresas no contexto de sistemas alimentares sustentáveis e os critérios de sustentabilidade que orientam suas operações, como metas de redução de emissões, uso de materiais certificados e inovação em embalagens para apoiar cadeias alimentares de menor impacto.

Carbono, floresta e água: integração ambiental

Por meio do programa Integra SP, o Estado já alcança 1,3 milhão de hectares com sistemas integrados de produção, com meta de expandir para mais 1 milhão até 2030, restaurando áreas degradadas e promovendo práticas regenerativas.

Outras iniciativas incluem o programa PSA Berços d’Água e Águas Rurais, que já investiu R$ 18 milhões entre 2023 e 2025, remunerando agricultores pela proteção de mananciais e recursos hídricos e por meio do avanço expressivo do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com 198 mil cadastros validados e 16 mil hectares em recomposição de Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais.

Sobre o evento

O Summit Agenda SP+Verde é um evento internacional pré-COP promovido pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP. O encontro reúne especialistas, lideranças e representantes da sociedade para debater desenvolvimento sustentável e economia verde.

A estrutura montada no Parque Villa-Lobos conta com cinco palcos, rodada de negócios, área de inovação, Casa da Circularidade, espaço gastronômico e atrações culturais.

Os debates estão organizados em quatro eixos temáticos: Finanças Verdes, Resiliência e o Futuro das Cidades, Justiça Climática e Sociobiodiversidade e Transição Energética e Descarbonização. Uma trilha de economia circular também conecta todos os palcos e se estende à Casa da Economia Circular, com vivências e workshops sob curadoria do Movimento Circular.

Na área de inovação, universidades e institutos tecnológicos discutem o papel da pesquisa e da tecnologia na transformação climática de São Paulo. No palco principal, a economia verde é o centro das discussões, com presença de lideranças políticas e convidados nacionais e internacionais.

O Summit é resultado de uma ampla mobilização pelo desenvolvimento sustentável e conta com patrocínio de Cosan, Comgás, Edge, Rumo, Sabesp, Itaú, Amazon, Votorantim Cimentos, EcoUrbis, Solví, Loga, Motiva, EDP, Veolia, CPFL Energia, Metrô, Stellantis, Ecovias, Toyota, JHSF, TetraPak, Aena, Scania, AstraZeneca, Weg e Bracell; além de apoio institucional da Fiesp, Senai, Única, Aesabesp, Abrainc, Secovi-SP, Associação Comercial de São Paulo, Pateo 76, Abiogás, SP Águas, Cetesb, DER-SP, Fundação Florestal, Arsesp, SPTrans, Prefeitura de Campinas, B3, The Nature Conservancy, CEBDS, Pacto Global, SOS Mata Atlântica, Movimento Circular, União BR, Circular Brain, CET-SP, Dia da Terra, Instituto de Conservação Costeira, Inovaclima, IPT, Zeros, Ideia Sustentável, Kearney, Instituto Baccarelli, Zero Summit, Parque Villa-Lobos, NEOOH, Global Renewables Alliance (GRA) e Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), MBRF, White Martins e Microsoft.

Fonte: https://agricultura.sp.gov.br/arquivos/13655