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Porto de Santos exporta 31,6 milhões de sacas de café durante safra

Mais de 31,6 milhões de sacas de 60 quilos de café foram embarcadas no Porto de Santos no ano-safra da commodity, que começou em julho de 2019 e terminou no mês passado. O volume significa 79,2% de todo o produto escoado. Apenas no primeiro semestre deste ano, 15,8 milhões de sacas deixaram o País pelo cais santista, 80,6% das exportações. 

Os dados fazem parte do levantamento mensal do Conselho Nacional dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta segunda-feira (13). Segundo a entidade, no ano-safra, 40 milhões de sacas do produto foram exportadas. O volume representa o segundo recorde histórico de exportações. 

A receita obtida com a venda da safra 19/20 foi de US$ 5,1 bilhões, equivalente a R$ 22,8 bilhões, o que representa um aumento de 8,8% em relação ao período anterior. Já o preço médio foi de US$ 128,04.

Enquanto 31,6 milhões de sacas de café foram escoadas pelo Porto de Santos no ano-safra 19/20, os portos do Rio de Janeiro foram responsáveis pelos embarques de 5 milhões de sacas, o equivalente a 12,7% da commodity negociada com o mercado internacional. 

Já o porto de Vitória (ES) escoou 1,4 milhão de sacas, 3,7% do total, enquanto o porto de Paranaguá (PR) escoou 1,6% do café brasileiro, o equivalente a 621.909 sacas.

No ano-safra encerrado no mês passado, 112.262 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) foram utilizados para o transporte do café brasileiro rumo ao mercado internacional. Já ano safra anterior, o volume transportado em caixas metálicas foi um pouco maior, sendo necessários 116.424 TEU.

Os principais destinos do café brasileiro foram os Estados Unidos, com a exportação de 7,8 milhões de sacas (19,6% dos embarques totais no ano-safra); Alemanha, com a exportação de 6,8 milhões de sacas (17%); Itália, com 3,3 milhões de sacas (8,4%); Bélgica, com 2,7 milhões de sacas (6,8%); Japão, com 2 milhões de sacas (5%); Federação Russa, com 1,2 milhão de sacas (3,1%); Turquia, com 1,2 milhão de sacas (2,9%); México, com 1,1 milhão (2,8%); Espanha, com 901,8 mil sacas (2,3%) e Canadá, com 869,5 mil sacas (2,2%).

“Todo o empenho da cadeia em adotar os cuidados necessários de prevenção, garantindo a saúde e proteção de todos os profissionais envolvidos, tem sido bem-sucedido e o Brasil exportou para 125 destinos e ainda registrou aumentou as vendas para países produtores. Estamos otimistas com as perspectivas de uma boa safra em curso, tanto para os cafés arábica quanto para os conilon que até o momento vem se apresentando de muito boa qualidade, e confiantes de que o mundo poderá saborear ainda mais o café brasileiro no próximo ano cafeeiro com qualidade, eficiência e sustentabilidade”, afirmou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Primeiro semestre

No acumulado deste ano civil, entre janeiro e junho, o Brasil exportou 19,6 milhões de sacas de café, configurando o segundo recorde histórico para o período. A receita cambial gerada no período foi de US$ 2,6 bilhões, equivalente a R$ 12,6 bilhões, um crescimento de 28,2% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Já o preço médio foi de US$ 130,76, aumento de 4,1% na mesma base comparativa.

Além do Porto de Santos, outros 20 complexos portuários escoram o café brasileiro neste ano. Os portos do Rio de Janeiro responderam por 12,2% dos embarques, com um total de 2,4 milhões de sacas exportadas.