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InvestSP debate oportunidades de negócios em setores como farmacêutico e logística com empresas da China

Escritório da agência em Xangai tem atuado para atrair investimentos e aumentar as exportações

A InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE), quer ampliar a geração de negócios entre empresas paulistas e chinesas, com avanço em áreas como: e-commerce, logística, infraestrutura, inovação e indústria farmacêutica. A agência avalia o momento como favorável, já que o Estado lidera o ranking e respondeu, em 2024, por mais de 30% dos investimentos de empresas chinesas no Brasil – foram 13 projetos, indicam dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Na primeira metade de setembro, representantes do escritório da InvestSP em Xangai – que atua para atrair investimento estrangeiro para São Paulo e abrir espaço para empresas paulistas no exterior – participaram de uma série de ações e encontros com lideranças dos setores público e privado da China para apresentar oportunidades de negócios. A agência, aliás, contou com um estande na Feira Internacional de Comércio de Serviços da China (CIFTIS).

Em encontro com empresários do setor farmacêutico, o gerente da InvestSP em Xangai, Inty Mendoza, destacou que: “o crescimento e o envelhecimento da população brasileira, somados a uma busca cada vez maior por qualidade de vida, aumentam a demanda por medicamentos inovadores, o que abre uma série de oportunidades para que farmacêuticas chinesas venham para São Paulo”.

Ele reforçou que o Brasil ainda importa diversos tipos de medicamentos e colocou a SDE e a InvestSP à disposição de empresas que queiram investir no Estado, desde a busca por terrenos para a instalação de fábricas e centros logísticos, por exemplo, até a interlocução com órgãos reguladores e possíveis parceiros para inovação – USP, Unesp, Unicamp, Fapesp e parques tecnológicos, por exemplo.

Mendoza destacou, também, que o mesmo vale para setores como e-commerce, logística e infraestrutura: “nesses casos, queremos mostrar para os chineses que a disparada das vendas pela internet no Brasil e os projetos de infraestrutura do PPI-SP (Programa de Parcerias e Investimentos, do Governo do Estado) criam oportunidades únicas para que empresas chinesas invistam em São Paulo”.

Os encontros também serviram para reforçar a capacidade de empresas paulistas no fornecimento de itens pelos quais a China tem alta demanda. No ano passado, o país asiático foi o segundo maior comprador de produtos paulistas – foram cerca de US$ 8,5 bilhões, indica o sistema Comex Stat, do Governo Federal -, com destaque para itens como: carne, soja, celulose e açúcar.

“A China tem um mercado consumidor gigante, de 1,4 bilhão de pessoas, com alta demanda não apenas por itens do agro, mas por produtos e serviços voltados à sustentabilidade e à transição energética, por exemplo, setores nos quais São Paulo é referência mundial. Queremos contribuir para o aumento das exportações e, consequentemente, para a geração de emprego e renda em São Paulo”, finaliza Mendoza.