Resolução publicada nesta semana no Diário Oficial do Estado (DOE) atesta que as cidades da região de Garça (70 quilômetros de Bauru) são notórias na produção de café. O documento irá integrar o processo liderado pelo Conselho do Café da Região de Garça (ConGarça) em busca da conquista da Indicação Geográfica (IG) Cafés da Região de Garça (leia mais abaixo).
O levantamento histórico e a delimitação da área produtora de café da região de Garça compreende 14 municípios – Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Cafelândia, Duartina, Fernão, Gália, Garça, Guarantã, Júlio Mesquita, Lucianópolis, Lupércio, Marília, Ocauçu e Vera Cruz.
“(O documento) atesta que as cidades integrantes da região são notórias na produção de café e era o último documento necessário para que o processo de reconhecimento da nossa IG possa ser finalizado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)”, explica a secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Garça, Thereza Sartori.
Segundo ela, uma pré-avaliação de toda a documentação apresentada pelo ConGarça já foi realizada pelo INPI em outubro de 2020 e, naquela ocasião, o órgão solicitou um documento atestando a notoriedade da região no cultivo do café. Esse documento foi publicado pelo DOE na última terça-feira (16).
O prefeito de Garça, João Carlos dos Santos, conta que trabalhou politicamente para que a publicação desta resolução fosse feita pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
“Reconhecer a qualidade do nosso café é, antes de tudo, valorizar a história de Garça e de toda a região que surgiu e se desenvolveu com a chegada desta agricultura. E também todo o esforço e trabalho dos cafeicultores de Garça e da região. Estamos caminhando para que nossa IG realmente aconteça”, declara.
BENEFÍCIOS DA IG
Segundo a Prefeitura de Garça, um produto com Indicação Geográfica (IG) passa a ser reconhecido pela qualidade diferenciada vinculada ao território de produção ou extração e ao conhecimento dos produtores da região. “Entre os benefícios diretos da IG, estão o diferencial em relação aos similares, a agregação de valor e a organização social dos produtores, que passam a agir coletivamente como defensores da IG contra a utilização indevida do nome protegido”, ressalta em nota.
“Indiretamente, a região é beneficiada pelo desenvolvimento econômico em outros ramos da economia, uma vez que passa a ser mais divulgada. O desenvolvimento do turismo vinculado à produção de café em toda a região é um dos exemplos”.