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Flórida busca mais negócios com Brasil

Uma missão com mais de 200 representantes de empresas, chefiada pelo governador da Flórida, Charlie Crist, inicia hoje em São Paulo uma série de eventos com o objetivo de ampliar a relação comercial daquele estado norte-americano com o Brasil. No ano passado a corrente de comércio bilateral somou US$ 11,5 bilhões e a meta para 2007 e ir além de US$ 12 bilhões, especialmente com o aumento dos negócios nas áreas de energia alternativa e de aviação comercial. Na esfera pública, Crist deve assinar hoje, com o governador de São Paulo, José Serra, memorando de entendimento para cooperação nas áreas de segurança, biocombustíveis e desenvolvimento sustentável. Com o setor privado o encontro acontece na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), tendo o etanol como tema principal. A preocupação da Flórida com aquecimento global levou o governo estadual a tomar decisões com o objetivo de reduzir em mais de 25% as emissões locais de gases causadores do efeito estufa em um período de 18 anos. Segundo o coordenador da área comercial do consulado dos Estados Unidos em São Paulo, Renato Sabaine, responsável pela missão, os norte-americanos têm grande interesse em conhecer mais a fundo a tecnologia da produção do etanol. Com esse objetivo, Crist tem agendadas, para amanhã, visitas a fazendas no município de Barra Bonita, interior paulista. Na quarta-feira será a vez da Embraer receber parte da comitiva da Flórida. Depois segue para o Rio de Janeiro, onde deverá encontrar-se com o governador Sérgio Cabral e empresários. II Expo Flórida Um maior contato entre os empresários norte-americanos e brasileiros deverá acontecer durante a II Expo Flórida, nos dias 6 e 7 deste mês, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), com a realização de seminários, rodadas de negócios e exposições. O Brasil é o principal parceiro comercial da Flórida que, no ano passado, vendeu àquele estado um total de US$ 3,5 bilhões e comprou dele US$ 8 bilhões (inclui todos os bens exportados via Flórida, não considerando a origem). O déficit para o nosso lado é motivado pelas importações de produtos de elevado valor agregado, em especial equipamentos médico-hospitalares, eletroeletrônicos e de telecomunicações, além de tecnologia da informação (TI). Já a Flórida compra aviões e componentes aeronáuticos, calçados e veículos automotores, entre outros.