Embarques seguem em patamar elevado, com avanço da receita e maior participação de mercados de maior valor agregado
As exportações brasileiras de ovos seguem em crescimento e mantiveram avanço em novembro, tanto em volume quanto em receita. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e consideram ovos in natura e produtos processados. O desempenho mensal reforça um movimento de forte expansão ao longo de 2025, com resultados acumulados muito acima dos registrados no ano anterior.
Em novembro, os embarques alcançaram 1.893 toneladas. O volume representa alta de 5,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na avaliação da entidade, o resultado confirma a manutenção de um ritmo elevado de exportações, mesmo após meses consecutivos de crescimento.
A receita também apresentou avanço expressivo no mês. As vendas externas do setor somaram US$ 5,247 milhões em novembro, valor 32,8% superior ao registrado no mesmo período de 2024. O desempenho indica ganho de valor médio nos embarques e maior participação de mercados com melhor remuneração.
Acumulado do ano mostra expansão consistente
No acumulado de janeiro a novembro, as exportações brasileiras de ovos totalizaram 38.637 toneladas. O volume é 135,4% maior em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Em igual período de 2024, os embarques somaram 16.414 toneladas, segundo a ABPA.
Em receita, o crescimento foi ainda mais intenso. Até novembro, o setor alcançou faturamento de US$ 92,130 milhões. O valor representa aumento de 163,5% na comparação anual. Nos onze primeiros meses de 2024, a receita havia sido de US$ 34,965 milhões.
Para a associação, os números refletem a consolidação de novos mercados e a ampliação do espaço do produto brasileiro no comércio internacional, com impactos positivos sobre o resultado financeiro das exportações.
Destinos e perfil da demanda
Entre os principais destinos em novembro, o Japão liderou as compras, com 757 toneladas. O volume representa crescimento de 266,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em seguida, apareceram o México, com 284 toneladas, e o Chile, com 261 toneladas.
Também figuram entre os principais compradores os Emirados Árabes Unidos, com 205 toneladas, e o Uruguai, com 96 toneladas. Em alguns mercados, houve retração pontual no volume, sem comprometer o desempenho geral do mês.
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o patamar elevado dos embarques, aliado à diversificação de destinos, tem favorecido a rentabilidade do setor. Ele destaca a presença crescente em mercados de maior valor agregado, movimento que sustenta o avanço da receita mesmo com oscilações em volumes específicos.