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Estilistas aproveitam interesse estrangeiro na moda brasileira

Enquanto Gisele Bündchen agitava os corredores da Bienal no último domingo, um grupo de 51 associados da Associação Brasileira dos Estilistas (Abest) aproveitava o crescente interesse internacional pela moda brasileira para negociar com 25 lojistas estrangeiros. Vindos dos mais diversos países, eles mantiveram uma intensa agenda paralela a São Paulo Fashion Week para estreitar as relações com os fornecedores brasileiros. Quando foi criada em 2003, os associados da Abest exportaram US$ 600 mil. No ano seguinte, com nove integrantes, contabilizaram US$ 3 milhões em vendas externas, em 2006, já com 51 associados, atingiram US$ 12 milhões. Já em 2007 esse número ultrapassou a marca de US$ 26 milhões, exportando produtos de qualidade, design e identidade cultural para 38 países. Tudo isso em um cenário completamente adverso para o mercado de vestuário comum, que sofre com a concorrência dos produtos asiáticos. O destaque para as vendas de maior valor agregado fica por conta de mercados como os Estados Unidos, Europa, Oriente Médio e Japão, que buscam pelas grifes nacionais. Dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) mostram que, no ano passado, a indústria de vestuário exportou US$ 269 milhões. Os Estados Unidos foram os maiores compradores, com US$ 75 milhões. Seguido da Alemanha e Reino Unido, com US$ 29 milhões e US$ 22 milhões. Segundo Maurício Borges, diretor da Apex Brasil, São Paulo e Santa Catarina são os dois principais exportadores de vestuário do País, representando, respectivamente, 37% e 36% do valor exportado em 2007. Os calçados são parte significativa das exportações, principalmente ao Reino Unido, Estados Unidos e Espanha. Os grandes parceiros brasileiros são Itália, que aumentou, neste período sua participação em 106%, Argentina (60%) e Espanha (52%). O Rio Grande do Sul foi responsável por 64% das exportações brasileiras de calçados em 2007. Ceará foi o segundo colocado, uma vez que suas exportações cresceram 46% entre 2005 e 2007.