Os países asiáticos foram os maiores investidores diretos em São Paulo nos últimos quatro anos, segundo dados da agência de fomento Investe São Paulo. De setembro de 2008 a setembro de 2012, Japão, China e Coreia do Sul foram responsáveis pela instalação de 13 empresas no Estado. Já os países do continente europeu tiveram seis projetos no período, enquanto o maior número unitário de empresas estrangeiras instaladas foi proveniente dos Estados Unidos (8), mesmo número de companhias nacionais.
O total de empresas instaladas em São Paulo no período chegou a 35, com desembolsos de R$ 13,8 bilhões e geração de 35 mil empregos. Os números são referentes às companhias que tiveram consultoria do Investe para a instalação no Estado. Entre elas, estão Toyota, Comil, Lenovo, Caterpillar, Syngenta, Cummins, Haldex, Samsung, Duratex, Gerdau e Hyundai.
A maior parte dos investimentos está nas cidades localizadas no entorno da capital paulista. Das 35 empresas, dez foram para a região de Campinas, oito ficaram no entorno de São José dos Campos, sete na região de Sorocaba, três na grande São Paulo e duas na região de Santos. "Nós ajudamos a estabelecer a melhor região para o investidor. Fazemos cruzamento das características do projeto e da oferta da cidade", diz o presidente da agência de fomento, Luciano Almeida, lembrando que as cidades localizadas até 200 quilômetros de São Paulo e próximas das grandes rodovias levam vantagem.
Nesse sentido, a agência afirma que há esforço para incentivar a instalação em pequenas cidades com baixo desenvolvimento econômico como Porto Feliz, que recebeu a fábrica da Toyota, Guaratinguetá, onde foi instalada a AGC, além da Comil em Lorena e da Denso em Santa Bárbara do Oeste.
O número de investimentos anunciados também é crescente, passou de seis em 2010 para 12 em 2011. Nos primeiros nove meses desse ano, o número de anúncios já chegou a 15. Já os setores que receberam maior atenção foram automotivo (9), máquinas e equipamentos (7), aeroespacial (2) e vidros (2).
Na carteira de projetos, que concentra os investimentos em estudo, estão 64 propostas que somam R$ 29 bilhões e têm potencial para gerar 57 mil empregos. "A maturação das consultas dura em média três anos. Temos visão clara dos setores público e privado e fazemos intermediação desses setores até que haja a instalação", afirma Almeida.
A maior parte dos projetos em carteira é originária de Estados Unidos (22), Brasil (14) e Alemanha (6). Já entre os continentes, o número de projetos dos asiáticos novamente supera o europeu com 15 propostas, ante 11 do velho continente. "Empresários da Indonésia passaram a nos consultar com maior frequência e Taiwan tem o maior montante a ser investido", diz Almeida. O Investe São Paulo foi criado por lei em agosto de 2008 e começou a atuar no fim daquele ano.