Expansão do terminal de contêiners do Porto de Santos (SP) deve sair do papel este ano, assim como as obras no porto do Rio de Janeiro
O Grupo Libra deve colocar na rua os projetos de expansão dos terminais de contêineres em Santos e no porto do Rio de Janeiro este ano. Nos dois terminais, a companhia deve investir cerca de R$ 800 milhões. O investimento no terminal paulista — de R$ 550 milhões — é o mais complexo, segundo o presidente da empresa, Marcelo Araújo. Ele espera para o primeiro semestre a sinalização do governo para o início das obras.
Com a verba investida, o grupo Libra espera dobrar a capacidade de movimentação de contêineres no terminal de Santos, saltando dos atuais 900 mil TEUs (medida equivalente a contêineres de 20 pés) para 1,8 milhão de TEUs. “Vamos ligar os dois terminais e aumentar o berço de atracação”, disse Araújo ao BRASIL ECONÔMICO.
A ideia da Libra é deslocar a avenida e as linhas férreas que passam pelo meio dos terminais e reposicioná-las ao lado de seus muros externos, que separama zona portuária da avenida Mario Covas Júnior, anexando as instalações. Com as obras, o cais da Libra passaria dos 1,1 quilômetro de extensão hoje para 1,4 quilômetro.
Segundo Araújo, assim que a companhia receber o sinal verde o segundo passo é conseguir financiamento para o projeto. “Vamos às fontes oficiais e também aos bancos comerciais. Temos caixa para parte dos recurso”, disse o executivo. Outro projeto que vai sair da gaveta é a expansão do terminal de contêineres do Rio. Araújo acrescentou que lá serão investidos R$ 250 milhões para também dobrar a capacidade de movimentação.
Hoje, o terminal da Libra no Rio pode movimentar 450 mil TEUs. A meta é chegar a 900 mil TEUs. “Esse é um projeto que está mais adiantado já começamos as obras”, disse o executivo. Quando os projetos ficarem prontos, a empresa terá capacidade de 2,4 milhões de TEUs, o dobro da atual.
O Libra, que no ano passado faturou cerca de R$ 1 bilhão e movimentou 1 milhão de TEUs, demorou dois anos para se recuperar da crise econômica de 2008. “Este ano esperamos um crescimento de 8%a 10% na movimentação. O mercado agora está favorável”, disse Araújo.
Interesse em Aeroportos
Outro setor que o Grupo Libra aposta é o aeroportuário. A empresa agora tem em seu escopo a Costa do Sol Operadora Aeroportuária SA, que detém a administração do aeroporto de Cabo Frio (RJ). O terminal hoje tem a segunda maior pista do estado e e uma área de cargas com 60 mil m², sendo 18mil m² cobertos, e está qualificado para atender todos os regimes aduaneiros.
“É um setor que nos interessa no longo prazo. A próxima rodada de licitação de aeroportos estamos analisando. O processo de segunda-feira não participaremos.”. No dia 6 serão concedidos os terminais de Guarulhos, Viracopos (SP) e Brasília.