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CNI: 7 em cada 10 empresários consideram a bioeconomia importante para o futuro da indústria

Pesquisa aponta que mais de 80% dos executivos defendem uso sustentável da biodiversidade como ativo estratégico das empresas

Mais do que um tema de debate na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climática (COP30), a bioeconomia é vista pela indústria no Brasil como um pilar para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono.

Indústria apoia uso sustentável da biodiversidade

Segundo o levantamento, mais de 80% dos executivos defendem o uso sustentável da biodiversidade como ativo estratégico das empresas. Os dados mostram que 89% dos empresários apoiam a utilização econômica e responsável dos recursos naturais, distribuídos da seguinte forma:

. 32% afirmam que a biodiversidade deve ser conservada, garantindo seu uso sustentável;

. 29% defendem que ela deve fazer parte dos negócios de forma sustentável;

. 28% acreditam que o tema deve ser integrado às políticas de responsabilidade socioambiental.

Apenas 5% defendem a preservação total, sem uso econômico. A diferença é significativa: enquanto preservar significa manter a natureza intocada, conservar (visão majoritária entre os empresários) envolve o uso racional e sustentável dos recursos naturais.

“Os dados da pesquisa confirmam a visão que a indústria brasileira já coloca a sustentabilidade como um vetor de competitividade e inovação. A bioeconomia e o uso inteligente de nossa biodiversidade são grandes diferenciais no cenário global. Na COP30, vamos mostrar ao mundo que o Brasil tem as soluções para uma nova economia de baixo carbono, e a indústria é protagonista dessa transformação”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Estrutura dedicada à sustentabilidade avança

A sustentabilidade está cada vez mais incorporada à estrutura formal das indústrias brasileiras. O levantamento da CNI aponta que quase metade das empresas (48%) conta com uma área ou departamento específico para tratar do tema, um avanço de 7 pontos percentuais em relação a 2024, quando o índice era de 41%.

“O crescimento de 7 pontos percentuais em apenas um ano é um indicador impactante. Ele demonstra que o tema está sendo incorporado à gestão e ao planejamento estratégico das companhias”, avalia o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.

Custo competitivo impulsiona ações de sustentabilidade

Quando questionados de forma espontânea sobre o que mais incentiva uma empresa a aumentar o uso de fontes renováveis, o custo mais competitivo (55%) aparece como o principal fator. Ele é seguido por incentivos fiscais (10%) e pela redução na emissão de poluentes (8%).

Esse pragmatismo se reflete nas ações já implementadas na cadeia produtiva. Segundo o levantamento, as indústrias adotam, em média, seis ações de sustentabilidade em suas linhas de produção. Entre as práticas mais comuns estão as ações para reduzir a produção de resíduos sólidos (90%), a otimização do consumo de energia (84%) e a modernização de máquinas para melhoria de aspectos ambientais (78%).

CNI na COP30

Alinhada a essa visão, a CNI vê a conferência como uma oportunidade para a indústria brasileira mostrar suas melhores práticas de sustentabilidade. A instituição terá um estande na disputada Blue Zone da COP30, em Belém (PA), onde promoverá painéis e reuniões diárias entre 10 e 21 de novembro.

A programação abordará temas centrais como bioeconomia, economia circular, transição energética, mercado de carbono, financiamento climático e novas tecnologias, com participação de especialistas e representantes de empresas como, por exemplo, Schneider Electric e JBS (veja mais abaixo os patrocinadores da CNI na COP30).

“A presença da CNI na COP30 expressa o compromisso da indústria com um futuro sustentável. Vamos compartilhar conquistas e mostrar como o setor produtivo tem integrado a biodiversidade e os recursos naturais de forma responsável aos modelos de negócios”, resume o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

Patrocinadores

A participação da CNI na COP30 conta com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI). Institucionalmente, a iniciativa é apoiada pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), First Abu Dhabi Bank (FAB), Sistema FIEPA, Instituto Amazônia+21 e U.S. Chamber of Commerce.

A realização das atividades da indústria na COP30 recebe o patrocínio de Schneider Electric, JBS, Anfavea, CPFL Energia, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Latam Airlines, MBRF, Pepsico, Suzano, Syngenta, Acelen Renováveis, Aegea, Albras Alumínio Brasileiro S.A., Ambev, Braskem, Hydro, Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Itaúsa, Carbon e Vale.

Fonte: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/sustentabilidade/cni-7-em-cada-10-empresarios-consideram-a-bioeconomia-importante-para-o-futuro-da-industria/