Últimas Notícias

Brasil terá no fim de 2026 a maior frota de ônibus elétricos da América Latina

Até dezembro de 2026, o Brasil deve ultrapassar o Chile e o México e se tornar o país detentor da maior frota de ônibus elétricos da América Latina. Hoje, a frota total no país chega a cerca de 1.158 veículos em operação, incluindo modelos a bateria e trólebus. A cidade de São Paulo concentra a maior parte da frota elétrica, com mais de 60% dos veículos em operação.

As empresas líderes no mercado são as paulistas Eletra e Caio-Induscar, e em ambas estão previstos investimentos para aumentar o número de veículos em circulação e no desenvolvimento da tecnologia local.

Do total de ônibus elétricos, 62% foram integralmente fabricados no Brasil pela Eletra, que deve prosseguir dominando o mercado. A empresa de São Bernardo do Campo, no ABC, já tem 650 ônibus elétricos encomendados até abril de 2026, a maioria para circular na cidade de São Paulo. E encomendas para outras capitais já estão em negociação.

A capital paulista tem sido o grande esteio dos investimentos da Eletra, já que 80% dos veículos da empresa em circulação estão na cidade, cuja frota elétrica chegou em outubro de 2025 a 1.009 unidades.

O milésimo ônibus é um Eletra de 15 metros, três eixos, com capacidade para transportar 100 pessoas e que opera pela empresa Transpass, na zona oeste de São Paulo.

Em outubro, a empresa anunciou que vai investir R$40 milhões para ampliar a capacidade de produção de chassis elétricos e para criar uma nova linha exclusiva.

“Os recursos vão custear a ampliação da capacidade de produção de chassis elétricos de 1.800 para 3 mil chassis elétricos por ano a partir de 2026”, revela a presidente da Eletra Industrial, Milena Braga Romano.

BATERIAS – Outras cidades brasileiras também começam a investir com mais ênfase nos elétricos, como Curitiba (PR) e Salvador (BA), em vista das vantagens oferecidas pela modalidade.

Em termos ambientais, eles permitem a redução da emissão de poluentes nas grandes cidades. Além disso, são muito mais espaçosos e confortáveis, permitindo viagens mais silenciosas com ar-condicionado, tomadas USB e Wi-Fi.

A tecnologia operacional é ainda mais sofisticada do que a dos ônibus convencionais a diesel, já que admite, por exemplo, o uso de sistemas de monitoramento inteligente.

Em contrapartida, o preço de um ônibus elétrico pode ser até três vezes maior que o de um a diesel. Enquanto um ônibus a diesel, do tipo Padron (13,25 metros), custa ao redor de R$ 1 milhão, um elétrico pode chegar a R$ 3,5 milhões.

Isso, sem contar a infraestrutura de carregamento. Em São Paulo, a prefeitura subsidia a diferença, para facilitar a adequação das empresas às tecnologias. Assim, a operadora investe o custo de um ônibus diesel, mas recebe um elétrico.

No entanto, embora os novos ônibus sejam mais caros, eles podem rodar 15 anos, ante os 10 anos dos veículos diesel, com uma troca de baterias com 7 anos de operação.

Fonte: https://ipesi.com.br/brasil-tera-no-fim-de-2026-a-maior-frota-de-onibus-eletricos-da-america-latina/