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Agroindústria cria instituto para se tornar sustentável

A agroindústria brasileira lançou ontem em São Paulo o Instituto para o Agronegócio Responsável (ARES), uma iniciativa inédita no país para preparar o setor para um futuro de pressões crescentes de mercado – econômicas, mas sobretudo sociais e ambientais – e ameaça de barreiras não-tarifárias. Composta por 19 associados de peso – CNA (Confederação nacional da Agricultura e Pecuária), Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), Unica (União da indústria de Cana-de-Açúcar), entre outras – a entidade pretende ser um centro de conteúdo e difusão de conhecimento sobre a agroindústria. O melhor exemplo do que se quer evitar no futuro é o boicote à soja proveniente da região amazônica, anunciado por importadores europeus em 2006. Lovatelli lembra as manifestações contra a carne brasileira – Irlanda e Reino Unido questionam o controle sanitário do país. A expansão desenfreada da cana também preocupa ambientalistas e compradores. "O empresário brasileiro é reativo. Sempre corremos atrás do prejuízo. Agora, vamos nos antecipar", diz Lovatelli. Em até dois meses, o ARES publicará seu primeiro estudo referente a dez temas prioritários, abrangendo de legislação trabalhista a direitos do uso da terra, e relatar como cada setor atua.