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Intel projeta crescimento de gastos em TI no Brasil

Há um ano, quando esteve no Brasil, Frank Johnson, diretor de vendas de produtos empresariais da Intel para as Américas, destoava do pessimismo geral que dominava o setor da tecnologia da informação (TI). À época, pouca gente apostava na recuperação dos investimentos em curto prazo. O comando da Intel, porém, dizia perceber sinais de uma retomada e apostou nisso. Como resultado, a maior fabricante mundial de chip cresceu 17,5% em receita no terceiro trimestre de 2009, quando o mundo parecia desabar para muitas companhias do setor, e desde então vem apresentando expansão trimestral de mais de 10%.

Agora, quando persistem muitas incertezas no horizonte internacional, Johnson mantém a visão positiva. "As empresas continuam a investir na atualização de sua infraestrutura e a se preparar para um crescimento continuado dos negócios", diz o executivo ao Valor. O Brasil tem destaque nesse processo. Segundo levantamento feito pela Intel com 39 empresas brasileiras, a expectativa é de que os orçamentos cresçam 3% nos próximos 12 meses. Pode não parecer muito, mas é três vezes mais que o percentual apurado entre as empresas da América do Norte, as que mais gastam dinheiro com TI em todo o mundo.

De acordo com Johnson, grande parte dos investimentos no Brasil ocorre em duas frentes. A primeira é a adoção do novo sistema operacional da Microsoft, o Windows 7, lançado em outubro do ano passado. Por conta da quantidade de recursos novos na comparação com os sistemas antecessores, muitas companhias têm preferido comprar computadores novos para executar o processo, o que vem impulsionando os resultados da Intel, responsável por 80% dos chips que equipam os computadores no Brasil.

Já dentro dos departamentos de TI, a compra de novos servidores para abastecer os centros de dados das empresas tem sido cada vez mais intensa. A estimativa é de que as vendas cresçam entre 25% e 30% ao ano, diz Johnson. Isso é resultado dos esforços que as companhias vêm fazendo para aproveitar melhor seus recursos de TI e se preparar para a computação em nuvem – modelo em que as informações não são acessadas diretamente do computador dos funcionários, mas pela internet.

De acordo com Johnson, o objetivo da Intel é investir pesadamente para acelerar o crescimento da computação em nuvem no país. "Estamos ampliando nossas equipes técnicas para ajudar clientes e parceiros a construir essas estruturas" diz o executivo. Além do auxílio na parte tecnológica, a Intel está aumentando os recursos financeiros disponíveis para incentivar as empresas a usar seus produtos em testes e provas de conceito que levem à criação de novas ofertas e serviços.