Os fabricantes de máquinas para construção estão de olho no volume adicional de equipamentos que será demandado para as obras levantadas no País nos próximos anos, com a vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas ao Brasil. No entanto, não são apenas os já instalados no País. Com o crescimento da economia brasileira, pelo destaque obtido no desenrolar da crise, assim como as projeções positivas para os próximos anos por conta do alto índice de investimento que o País receberá, produtores de todo o mundo já estão tentando ganhar espaço no mercado brasileiro. Segundo o diretor comercial da Case, do Grupo Fiat, Roque Reis, a taxa cambial atual, com o real valorizado, tem ajudado a entrada de empresas estrangeiras, principalmente as chinesas e coreanas.
Mas mesmo com o fator do aumento do cenário competitivo para as companhias, o próximo ano está sendo visto com muito otimismo. Não só pelas projeções para os eventos esportivos, mas por conta do ano eleitoral. Em uma estimativa conservadora, a fabricante aguarda alta entre 15% e 20%. Hoje, a utilização da capacidade instalada está entre 80% e 90% e, segundo o executivo, é para "recuperar os pedidos", já que o primeiro semestre do ano foi um período de queima de estoques.
Após 2010, a expectativa é que as obras nas cidades-sede, se intensifiquem. Segundo um cálculo preliminar do diretor comercial da Case, a cada R$ 1 investido, estima-se que de R$ 0,15 a R$ 0,20 serão em equipamentos. No momento, a fabricante está reabrindo a sua planta em Sorocaba, interior de São Paulo. A princípio, a fabricação será de colheitadeiras, mas a companhia já estuda quais equipamentos da área de construção poderão também ser produzidos lá. A inauguração oficial será no fim do ano.
Já o presidente da Volvo Construction Equipment para a América Latina, Yoshio Kawakami, também destaca o Brasil como um mercado prioritário. O presidente da Volvo CE afirmou que a movimentação de mercado já existe, o que traz boas perspectivas para o setor. A maior expectativa no momento é sobre quais projetos serão lançados em 2010. O executivo afirmou que atualmente a utilização da capacidade de produção da companhia está entre 50% e 60%, principalmente pelo excesso de máquinas em estoque. "Agora começa a ter uma recuperação da produção", disse o presidente da Volvo CE. Por ano, os investimentos da companhia giram em torno de US$ 6 e US$ 6,6 milhões.