Em reunião com a FAPESP, representantes do governo e de centros de pesquisa de universidades alemãs buscaram informações sobre avanços nas pesquisas na área e modalidades de apoio
Uma delegação alemã liderada pelo Ministério Federal de Pesquisa, Tecnologia e Espaço (BMFTR) participou de uma reunião na FAPESP na segunda-feira (24/11) com a missão de incentivar a cooperação científica na área de energia renovável. Hidrogênio verde, combustíveis sustentáveis, com destaque para o de aviação (SAF), tecnologias de emissão negativa de carbono, energia solar e catálise estiveram na pauta do encontro.
“Nós viemos aqui com uma delegação de experts e um objetivo claro. Planejamos começar, no próximo ano, um projeto voltado para a energia sustentável e buscamos parceiros. Já entramos em contato com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e, agora, com a FAPESP”, disse Susan Schulz, responsável pela área de cooperação com a América Latina do BMFTR. “Esperamos chegar a uma iniciativa conjunta logo.”
Raul Machado, gerente da Assessoria de Relações Institucionais da Fundação e coordenador da reunião, destacou que o tema da energia sustentável é de grande interesse dos pesquisadores do Estado de São Paulo e que a parceria desejada coincide com a visão da FAPESP de ampliar a relação com os grupos de pesquisa da Alemanha. “Nossa biodiversidade nos favorece e temos potencial para desenvolver energia alternativa, renovável e sustentável que outras partes do mundo não têm”, pontuou.
“Nós precisamos ter disponibilidade de eletricidade verde. E o Brasil poderá ser um dos primeiros países a ter um sistema intensivo de produção de energia sustentável”, acrescentou Rüdiger-A. Eichel, professor da Cátedra de Conversão e Estocagem de Energia da RWTH Aachen University. “Esse potencial do Brasil o torna muito atraente para a colaboração científica.”
O diretor científico da FAPESP, Marcio de Castro, explicou que a transição energética é atualmente tema de um dos programas estratégicos da Fundação. “Começamos priorizando a bioenergia, mas ampliamos o programa”, disse. “Estou entusiasmado e espero que possamos participar de iniciativas conjuntas em breve, aproximando assim nossas comunidades acadêmicas.”
Também participaram do encontro representantes do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), do Instituto DLR da Agência Espacial Alemã, dos institutos de Energia Solar (ISE) e de Meio Ambiente, Segurança e Tecnologia Energética (UMSICHT) da Sociedade Fraunhofer, da Associação Alemã de Tecnologia Química e Biotecnologia (Dechema), do Centro Helmholtz, da embaixada e do consulado da Alemanha.