Setor manteve a maior taxa de ocupação dos últimos anos: 95,1%
Impulsionado por datas comemorativas, como o Dia das Mães, o Dia dos Namorados, e pelo efeito calendário da Páscoa em abril, o setor de shoppings registrou um crescimento de 3,1% nas vendas no 2º trimestre de 2025, revertendo a queda observada no mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
O levantamento aponta que os shoppings mantiveram a maior taxa de ocupação dos últimos anos (95,1%) e registraram inadimplência de apenas 4,3%, reforçando a resiliência do setor.
“Os resultados demonstram a força estrutural dos shoppings na economia brasileira. O crescimento em vendas no trimestre mostra que, mesmo com um ambiente macroeconômico desafiador e juros elevados, os consumidores continuam valorizando os shoppings como espaços de conveniência, lazer e consumo. Isso se deve tanto à melhora na renda das famílias e à queda do desemprego quanto à diversidade de experiências oferecidas”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce.
Entre os segmentos, destacaram-se as livrarias (+12,9%) e o vestuário (+1,2%), com crescimento de vendas acima da média. Regionalmente, o Sudeste se sobressaiu em vendas (+3,6%) e taxa de ocupação (95,9%), o Sul no fluxo de visitantes (+0,5%) e o Centro-Oeste na inadimplência, com o menor índice do País (3,7%).
Previsão
Para o 3º trimestre, as perspectivas seguem otimistas. As vendas do período do Dia dos Pais (1º a 10 de agosto) já apresentaram crescimento de 3,8% em relação a 2024, totalizando R$ 4,39 bilhões, com avanço de 5,0% no fluxo de visitantes em relação à semana anterior.
Também estão previstas três inaugurações em setembro, nas regiões Sul e Sudeste, com os empreendimentos Pulse Open Mall (Chapecó-SC), Flow Open Mall (Curitiba-PR) e Shopping Aldeia da Serra (Serra-ES).
“Sabemos que o consumo das famílias seguirá sujeito às pressões inflacionárias e às condições financeiras mais restritivas ao longo do ano. Ainda assim, o mercado de trabalho aquecido e a renda em patamar elevado oferecem sustentação importante para a atividade nos shoppings. Nossa projeção de crescimento de 1,6% em 2025 mostra que, mesmo em um cenário desafiador, o setor mantém sua resiliência e capacidade de gerar experiências de consumo e lazer que seguem relevantes para milhões de brasileiros”, finaliza Humai.