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SP amplia produção de mudas e impulsiona o campo paulista

Retomada das bananas e trabalho contínuo com morangos movimentam a fruticultura paulista

A produção frutífera no estado de São Paulo está em constante crescimento, e com isso, surgem necessidades e oportunidades de alavancar e aumentar a tecnologia do cultivo. Esse é o objetivo do Serviço Laboratorial de Micropropagação da Diretoria de Assistência Técnica Integral (CATI), sediado em Tietê, que acaba de retomar o cultivo de mudas de banana, reforçando seu papel como parceiro dos produtores rurais.

As variedades trabalhadas incluem Grande Naine, Prata-Anã e Maçã, escolhidas para atender à alta demanda e à escassez no mercado. Para isso, o espaço foi adaptado para manter matrizes saudáveis e ganhou um moderno sistema de biorreatores, que permite produzir mais mudas com menos trabalho.

“O Laboratório de Micropropagação de Tietê já produziu mudas de banana em outras épocas. Agora estamos retornando a produção dessa cultura. Readequamos a estufa para a manutenção das matrizes, fizemos a indexação de viroses nas matrizes e estamos iniciando a produção in vitro. Adquirimos um protótipo da instalação de biorreatores para produção das mudas em meio líquido, o qual proporcionará uma produção maior com menor utilização de mão de obra. Com essas novidades, poderemos produzir até 120 mil mudas por ano”, afirmou a chefe de serviço do laboratório, Laura Becker.

Além da novidade com as bananas, o laboratório mantém atuação consolidada na produção de mudas de morango, atividade iniciada em 2008 a partir de uma demanda da Associação dos Produtores de Morango e Hortifruti de Atibaia, Jarinu e Região. O objetivo é fornecer mudas de matrizes de morango, com alta qualidade genética e fitossanitária, nas cultivares adequadas ao microclima da região e quantidades necessárias para atender os viveiristas e produtores rurais.

“Para que isso funcione no tempo certo, é preciso fazer a extração dos meristemas entre o mês de outubro e dezembro, para que possamos multiplicar estas plântulas recuperadas dos meristemas, enraizá-las e aclimatar até o mês de setembro do próximo ano, quando chegam ao viveirista para serem multiplicadas novamente. No mês de março, as mudas das matrizes dos viveiristas vão para o produtor de morango, onde vão florescer e produzir os frutos de junho a dezembro deste mesmo ano”, contou Laura.

Mudas de morango no viveirista

Desde então, o trabalho de produção de mudas de matrizes feito pelo laboratório tem sido de grande sucesso. Segundo a pesquisadora, cada muda de matriz de morango produzida pelo laboratório pode gerar, em média, mais de 250 outras mudas. Este ano, o laboratório produziu cerca de 15 mil mudas, que desenvolveram aproximadamente 4 milhões de mudas de morangos. Além disso, o cultivo em laboratório oferece benefícios ao viveirista no aspecto ecológico, financeiro e ambiental.

A diferença de qualidade é sentida pelo viveirista de Jundiaí, Denis Mingoti. Parceiro do laboratório, ele faz a climatização das mudas de matrizes e decidiu retomar o trabalho com morango após 15 anos.

“As mudas da CATI são referência no mercado de mudas in vitro, com ótima qualidade e sanidade. O principal diferencial é a sanidade das plantas. Por serem cultivadas em laboratório, em um ambiente controlado e estéril, temos mais confiança no material”, disse Denis.

Fonte: https://www.agenciasp.sp.gov.br/sp-amplia-producao-de-mudas-e-impulsiona-o-campo-paulista/