Modelo de outsourcing de equipamentos de TI ganha espaço em empresas e órgãos públicos, impulsionado pela renovação de parque tecnológico
A Simpress registrou receita bruta de R$ 890 milhões no primeiro semestre de 2025, crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2024 no seu negócio principal de hardware as a service. A empresa, que integra o Grupo HP, encerrou o semestre com 760 mil dispositivos sob gestão — aumento de 27% em um ano — incluindo notebooks, smartphones, impressoras, coletores de dados, desktops, impressoras térmicas e tablets.
O outsourcing de PCs e notebooks, lançado pela companhia pouco antes da pandemia, foi o principal vetor de crescimento. Atualmente, mais de 300 mil unidades estão instaladas, avanço de 39% na comparação anual. Segundo a empresa, o modelo é adotado por setores como saúde, educação, governo, logística e varejo, permitindo contratação como serviço (opex) em vez da compra direta (capex).
Entre os fatores que devem sustentar a expansão está a necessidade de atualização tecnológica. Em outubro de 2025, o Windows 10 deixará de receber atualizações de segurança, o que tende a acelerar a substituição de computadores no mercado corporativo brasileiro.
Além de PCs e notebooks, a Simpress oferece outsourcing de tablets, smartphones e equipamentos de automação, incluindo impressoras térmicas e coletores de dados. Essas linhas, que representavam 3% da receita antes da pandemia, já somam mais de 55% do faturamento.
A empresa afirma atender 4,2 mil municípios, o equivalente a 75% das cidades e 95% da população brasileira, com estrutura logística que inclui frota própria e terceirizada e múltiplos modais de transporte. Segundo a Simpress, são realizadas cerca de 3 mil entregas de dispositivos por dia, totalizando 700 mil por ano.
A companhia mantém um centro de serviços em Santana de Parnaíba (SP), onde realiza manutenção e revitalização de cerca de 3,5 mil equipamentos mensalmente, com reaproveitamento em novos contratos. O processo inclui descarte correto, incentivo à economia circular e compensação de carbono da energia consumida pelos equipamentos — com meta de neutralizar 100% da base instalada até 2030.