Últimas Notícias

CPTM investe para reverter imagem

As mudanças são apresentadas pelo governo estadual como parte de um amplo "plano de expansão" do transporte metropolitano, que inclui as grandes obras do Metrô – como a linha 4, atravessando a região oeste -, e alguns corredores da empresa de ônibus urbanos, a EMTU. Do total de R$ 20 bilhões (US$ 9,5 bilhões) previstos no plano entre 2007 e 2010, a CPTM ficou com R$ 7,3 bilhões (US$ 3,5 bilhões) – mas o projeto não prevê nenhum centímetro a mais na malha atual. O plano é trocar trilhos, renovar a frota e transformar o serviço da empresa em algo mais parecido com o oferecido pelo Metrô. Dos 260 km de linhas da CPTM, o plano prevê 160 km com qualidade semelhante ao do Metrô.

O novo plano de gastos permitiu algumas grandes aquisições: em 2007, a espanhola CAF venceu um contrato de R$ 1,1 bilhão (US$ 570 milhões) para entregar 48 novos trens à empresa, produzidos em uma fábrica instalada em Hortolândia, no interior do Estado. Este ano, a empresa planeja lançar sua primeira Parceria Público Privada (PPP), para construção de 24 trens e reforma de outras 12 unidades da linha 8, a segunda mais movimentada da rede, e onde quase nada foi feito até agora.

Com as novas aquisições, o número de trens em operação já passou de 105 para 110. Até 2010 deverão chegar mais 57 unidades, liberando algumas das antigas para reformas. Segundo o diretor operacional da CPTM, Mário Fioratti, os trens, de aço inox, podem ser reformados e voltar à atividade por 60% do preço de um modelo novo.

Desde 2007 a CPTM substituiu o controle manual das linhas por um sistema operacional idêntico ao do Metrô, o Automatic Train Operaton (ATO), instalado em três das suas sete rotas. Na linha 11, o expresso leste, a mais movimentada da rede, o intervalo caiu de 12 minutos para 5 minutos nos horários de pico. A empresa vem observando um aumento no movimento de passageiros a taxas "chinesas", de 10% a 15% ao ano. O aumento é em parte atribuído ao crescimento da economia nos últimos anos, mas em parte à melhora da oferta e à liberação de uma demanda reprimida. Em 2005, a CPTM transportava 1,2 milhão de passageiros ao dia, e hoje está em 2 milhões. Deve fechar 2010 em 2,7 milhões, projeta a companhia – chegando perto da movimentação do metrô hoje.