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Venda de papelão teve recorde com impulso da indústria de alimentos

As vendas de papelão ondulado no mês de outubro totalizaram 208,5 mil toneladas, novo recorde mensal registrado pelo indicador de negócios da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O resultado representa uma expansão de 4,3% em relação a outubro de 2007 e de 6,5% sobre setembro de 2008, quando foram negociadas 195,8 mil toneladas, segundo a associação. No acumulado do ano, as vendas totalizaram uma alta de 1,7%, para um total de 1,931 milhão de toneladas. Os números referentes a outubro são preliminares. As vendas de papelão, que refletem a demanda por embalagens, podem ser vistas como um termômetro do setor de bens não duráveis, como alimentos, higiene e limpeza. Para Paulo Sérgio Peres, presidente da ABPO, os dados do setor no acumulado do ano estão dentro da projeção de 2008 – revisada já no primeiro semestre, diminuindo a expectativa do crescimento anual de 3% para 1,5% a 2%. O presidente da associação atribuiu o resultado positivo à manutenção das vendas de bens não duráveis, como alimentos, que representam 35% das vendas de papelão ondulado, higiene e limpeza 8,3%, fruticultura 6%, avicultura 5% e bebidas 3%. "Eles são os menos afetados pela crise já que não estão ligados ao crédito", explica. Além disso, Peres ainda destaca a importante safra de final de ano que deve render bons negócios para exportação do nordeste, principalmente na região produtiva do Vale do São Francisco. Segundo a ABPO, os números devem permanecer em alta no mês de novembro. Quanto ao próximo ano, o setor de embalagens espera uma queda das vendas no início de 2009. "Com crise ou sem crise, que sempre afeta bem menos os não duráveis, é normal descermos em dezembro e janeiro."