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Empresas mantêm planos apesar do cenário de crise

Num momento em que várias empresas adiam investimentos devido ao agravamento da crise global, grandes projetos que contam com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seguem o seu curso normal. Levantamento do Valor com 10 empresas que fecharam contratos com o banco a partir de abril, totalizando empréstimos de R$ 4,265 bilhões (US$ 2 bilhões), mostra que o cronograma original de todos eles está mantido, apesar da piora da situação internacional. Um dos setores em que o dinheiro do BNDES tem bastante importância é o sucroalcooleiro, no qual várias companhias encontram dificuldades para financiar projetos de investimento. Os recursos do BNDES também têm peso na expansão das empresas do setor frigorífico. A injeção de R$ 700 milhões (US$ 326 milhões) feita pela BNDESPar na Marfrig, por meio de uma subscrição privada de ações, em agosto de 2008, aumentou a musculatura da empresa e acelerou a aquisição de empresas da americana OSI no Brasil e no exterior, segundo Ricardo Florence, diretor de relações com investidores do grupo. Na Europa, a Marfrig assumiu a Moy Pork, além da Kitchen Range Foods (Reino Unido) e da Albert Van Zoonen (Holanda). No Brasil, a empresa ficou com a Braslo, a Penasul e a Agrofrango. Ao todo, o valor da transação foi de – US$ 680 milhões. Primeira empresa a admitir perdas com derivativos decorrentes da alta do dólar, a Sadia obteve junto ao BNDES, em junho de 2008, a liberação de um financiamento de R$ 329,8 milhões US$ 153,4 milhões) destinado a seu projeto agroindustrial de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. A Sadia informou que o valor equivale a 70% de um investimento que envolve, no total, a construção de novas unidades de abate de aves e de suínos, uma planta de industrialização de carne suína, uma fábrica de rações e um conjunto habitacional para funcionários. Apenas o abatedouro de suínos não foi concluído ainda, o que deve acontecer no máximo até fevereiro de 2009.