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Barreiras ao crescimento

Um estudo realizado pelo professor Adelson Martins Figueiredo, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), calculou os impactos que uma eventual redução nos subsídios agrícolas norte-americanos teria sobre o agronegócio brasileiro. Os resultados mostraram que sem subsídios a cada ano o país poderia aumentar sua produção agrícola em até R$ 5 bilhões (US$ 3,13 bilhões) e elevar as exportações em pelo menos R$ 220 milhões (US$ 137,5 milhões). Além disso, diversos produtos teriam preço reduzido no mercado interno – em até 4,5% no caso da soja e 4% no caso do algodão. A tese, defendida em 2007 na Universidade Federal de Viçosa (MG), recebeu na semana passada o prêmio Edson Potsch Magalhães 2008, concedido pela Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. De acordo com o pesquisador, que leciona no Departamento de Economia da UFSCar, no campus de Sorocaba (SP), o estudo confirmou um modelo teórico que sugere que a política de subsídios causa um aumento de produção agrícola nos Estados Unidos e, conseqüentemente, uma elevação dos excedentes exportáveis do país. "Para os norte-americanos, isso reduz a necessidade de importação e possibilita a exportação dos excedentes, derrubando os preços do mercado internacional. O resultado é que o Brasil vende menos e por um preço menor", disse Figueiredo à Agência FAPESP.