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São Paulo ganha novo espaço de coworking exclusivo para startups

Oito startups brasileiras foram selecionadas pelo portal imobiliário VivaReal para compartilharem espaço de coworking em São Paulo. No caso, o 11º andar de um prédio comercial da Rua Bela Cintra, região central da capital paulista, e sede do VivaReal.

Durante seis meses, as startups que participam do VivaComunidade terão acesso a mesma infraestrutura da companhia, incluindo salas de reunião e Internet e, de quebra, acesso a um ambiente fértil de criatividade e empreendedorismo.

Segundo Brian Requarth, CEO e co-fundador do VivaReal, a iniciativa surgiu como uma forma de melhor aproveitar o espaço da companhia que se encontrava vago ao mesmo tempo que incentiva o crescimento de jovens empresas. Ao terem à disposição um espaço físico, startups se beneficiam com economias referentes a aluguel e serviços.

“Considerando que o VivaReal começou como uma startup, nós entendemos os desafios que estas empresas enfrentam. Acreditamos em empreendedorismo, e se somos capazes de gerar um impacto positivo ajudando empresas, mesmo que seja um pouquinho, então estamos dando uma contribuição positiva para o ecossistema”, defende o executivo em entrevista ao IDG Now!.
A iniciativa não integra um programa de aceleração, onde startups recebem mentoria, incentivos financeiros e jurídicos, além do espaço físico. No caso do VivaReal, o projeto é um piloto de seis meses que visa criar uma espécie de “comunidade” entre as startups selecionadas, um ambiente que para Requarth, incentiva o compartilhamento de experiências e aprendizados.

“Nós não somos e não temos planos para ser uma aceleradora. A única coisa que esperamos das startups que se juntam a nós é que elas estejam dispostas a partilhar experiências e aprendizados”, resume garantindo que as empresas não precisam dar nenhuma contrapartida à VivaReal. 

De acordo com o executivo, as startups selecionadas se destacaram pela oferta de produtos, tecnologia e equipe. “Queríamos nos cercar de outros produtos fortes e pessoas focadas em engenharia”, diz.

Ambiente de inovação

Para Requarth, o atual período de recessão econômica é um momento oportuno para empresas de base digital. Ele dá o próprio exemplo da VivaReal, fundada em 2009, período também marcado pela crise imobiliária dos Estados Unidos.

Apesar de ter no Brasil o seu principal mercado, a companhia foi criada na Colômbia em 2009. No ano seguinte, chegava ao Brasil com dois sócios, o alemão Thomas Floracks e o brasileiro Diego Simon. Hoje, se tornou um dos principais portais de anúncios de imóveis no País.

Atualmente, a empresa se encontra em expansão, com mais de 400 colaboradores em 16 escritórios espalhados pelo Brasil. Segundo a própria VivaReal, a previsão de faturamento para 2015 é de R$ 50 milhões. Em 2014, a startup faturou R$ 25 milhões.

“Muitas das melhores empresas foram iniciadas durante recessões econômicas. A Microsoft foi fundada durante a crise de óleo dos anos 70. A HP no final da Grande Recessão. Existem dois motivos pelos quais começar uma empresa durante um período de recessão é bom. Você pode ter menos concorrência, porque as pessoas tentam estar seguras. Você desenvolve o DNA certo como empresa, porque se você consegue sobreviver em tempos difíceis, você vai prosperar durante os bons tempos”, resume.